6.1.11

vai ao forno

REALIZAÇÃO

a)relatório da aula práctica

PASTAS CERÂMICAS:
O chamote é barro cozido em areia que misturado com outra pasta aumenta a sua resistência e temperatura.

  • baixa temperatura(até 1000ºC)
      -barro(com mais ou menos óxido de ferro, fica mais ou menos vermelho);
      -barro branco ou faiança(som choco, frágil, estala, ganhas manchas, quando raspada sai pó);
      -argila(tipo especial de barro).

  • alta temperatura
      -grês e refractários;
      -porcelana(é mais resistente que a faiança e quando riscada com uma faca fina fica o cinzento na porcelana, é de temperatura mais elevada do que a grês e os refractários);


FERRAMENTAS:
  • função de corte: serrilha, faca, garrote;
  • dois teques: um de escavar e outro de moldar que substitui os dedos;
  • réguas de madeira(toldam o barro variando a sua espessura);
  • lambugem(é uma cola feita de barro muito húmido que serve para juntar pedaços de barro);
  • rolo de massa(serve para fazer lastras);
  • rim(uniformiza as superfícies).



TÉCNICAS DE MODELAÇÃO(servem para todas as pastas cerâmicas): 

·       Bola – consiste na modelagem do barro numa bola fazendo pressão com os dedos, empurrando para o interior o polegar para então estreitar as paredes, vai-se puxando o barro para cima para não ficar no fundo.

 
 





·       Lastra – com o rolo esmaga-se a pasta entre as réguas, rodando sempre a pasta para não colar. Coloca-se a régua sobre a pasta e corta-se a lastra, em seguida sobrepõem-se as placas e cortam-se de modo igual então montam-se as placas e cola-se com lambugem as placas com incisões. Faz-se pressão sobre as placas para colarem bem.














·       Rolos – é uma boa técnica para se fazer peças orgânicas não geométricas. Inicia-se com a divisão do barro em pedaços menores, em seguida roda-se com a palma da mão fazendo um rolo, faz-se espalmamento com os dedos. Procede-se à realização da base passando com o rolo na pasta em lastra e corte em forma de rim, fazem-se incisões em volta do rebordo da base e coloca-se lambugem neste, fazendo-se pressão do rolo na base e enrolando na forma, coloca-se lambugem para outro rolo e assim sucessivamente.



 













·       Vazamento – amassamento da peça seguido de corte com o garrote no meio. Separa-se as duas metades, marcando-se com a serrilha conforme a linha de afastamento exterior. Com o teque de escavar retira-se esta parte e faz-se o aperfeiçoamento com o outro teque. Fazendo incisões em volta, coloca-se a lambugem. Realizam-se incisões fundas com o teque de moldar e coloca-se lambugem para os rolos em cada incisão. Com a serrilha procede-se ao alisamento da superfície.















  
SECAGEM: devido à elevada humidade o período de secagem é demorado, podendo levar semanas. Quando se toca e desfaz em pó, coloca-se no forno e inicia-se uma secagem de 50ºC a cada hora, com intervalos de duas horas e aumento de 50ºC até aos 300/400ºC. Nas pastas de alta temperatura há um aumento de cerca de 70ºC.(Patamares de Secagem)

COZEDURA:
  • A chacota é o barro cozido, é 10% menor que a peça húmida, no caso da porcelana 20%.
  • Com as pastas cerâmicas de alta temperatura a cozedura pode atingir temperaturas até aos 1400ºC.
  • Com as de baixa temperatura só pode atingir até aos 1000ºC.
  • A cozedura pode demorar mais de dez horas.
  • Os vidrados diferem entre as pastas cerâmicas de baixa e alta temperatura, porcelana e grês.
  • As peças só podem ser retiradas após o arrefecimento do forno caso contrário as peças estalam.



 
b) ensaios em plasticina






‘a gruta’ simboliza o esconder de um medo para o desconhecido, um buraco no fundo do túnel.





‘a contorção’ simboliza o enrolar do pensamento numa procura pelo núcleo mental.





‘os buracos’ simboliza o estar fragilizado e ter alguém que nos abrace.





‘o poço’ simboliza a escuridão do próprio pensamento e a confusão que está gravada na sua própria pele.
  




‘a destruição’ representa a fragmentação a procurar recomeçar.








‘a torre’ representa a tentativa de alcance de algo sempre mais alto, atingindo uma instabilidade.





 ‘o embrião’ representa o início de tudo.





‘o tronco’ representa a confusão mental e a dúvida.











c) execução da peça





 



d) animação da construção e da desconstrução da peça


O meu objectivo através do filme era transmitir uma sensação de confusão, de dúvida. A minha forma é uma procura pelo interior, pela paz de espírito, pela tranquilidade que o desconhecido emana. No entanto há dúvida e esta é representada como lastras desconstroladas que se interlaçam entre si numa tentativa de alcançar o núcleo.
A música era muito bizarra mas captava a atenção duma maneira quase hipnótica. O seu ritmo também era contagiante e marcava um compasso de ansiedade, o que eu procurava. Além disto, ao longo da construção deste trabalho estava sempre com esta música na cabeça e assim influenciou muito tudo o que fiz.
     A desconstrução foi indispensávlel, pois marcou sem dúvida todo o filme. O enrolar destas serpentes sobre si mesmas e a fugirem do antigo núcleo, enrolado, pequeno e falso para um novo ovo, o que verdadeiramente procuravam à já muito tempo. No entanto, ainda há uma desconstrução final do núcleo falso. vai diminuindo de tamanho até finalmente desaparecer. Aqui queria mostrar que para mudar, para me reconstruir não basta desconstruir o que somos por fora, mas é necessário deixarmos de existir por dentro para depois recomeçarmos.



anexo:


 

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