17.2.11

módulo IV - audiovisuais - projecto - aula 1 - dia 17 de Fevereiro de 2011

SUMÁRIO:
1. explicação dos projectos que vamos ter que desenvolver
2. explicação da metodologia do projecto
3. lançamento do desafio
4. concepção do conceito
5. mostragem de fotografias e curtas
6. formação dos grupos e discussão entre estes


1. explicação dos projectos que vamos ter que desenvolver
No módulo de Audiovisuais - Cinema e Fotografia -  iremos desenvolver três projectos distintos:
  • RAID FOTOGRÁFICO
A partir de um conceito individual iremos começar por fazer um primeiro raid que deverá consistir em cerca de trezentas fotografias instântaneas e deverá servir para explorarmos o nosso conceito e a própria Fotografia através do desenvolvimento de vários temas.
Num segundo raid, haverá uma escolha mais criteriosa dos temas a serem trabalhados e desenvolvidos, aprofundando assim o nosso conceito.
No último raid deveremos conseguir o nosso produto final, do qual extrairemos 6 fotografias, ou mais. Algumas imagens poderão ser uma repetição e melhoramento das anteriores.

  • RETRATO
Também a partir do conceito individual deverá consistir em três vertentes deste e então três fotografias. Podem tanto integrar fotografias de pessoas como de objectos, situações ou ambientes.
Deverá existir uma planificação do produto final dividida em duas partes:

-desenhos pintados que serão uma preparação para as fotografias finais e que deverão seguir três pontos de forma breve:

1. ideia/mensagem/conceito
2.adereços/figurinos/maquilhagem/cenário, etc.
3.iluminação/cor/enquadramento/etc

-fotografias finais com os mesmos três pontos referidos anteriormente.

  • FILME
Terá que ter seis planos, cerca de três minutos, não poderá ter ruído, apenas banda sonora, teremos que ter uma storyboard e teremos que ter um cromaqui em pelo menos uma cena fazendo assim um cenário ou com um desenho, ou com uma pintura ou com uma fotografia da nossa autoria.
O storyboard deverá consistir numa página deitada no nosso diário de projecto com a explicação da cena atrás, tem que ter todos os pontos relevantes: figurinos, cenários, etc.


2. explicação da metodologia do projecto
O desafio deverá manter-se nos três projectos: raid, retrato e curta.
O conceito individual mantém-se no raid e no retrato, na curta será um conceito de grupo.
Os referenciais deverão ser comuns aos três pontos através da utilização de textos, desenhos e imagens.
A pesquisa no raid consistirá em textos e imagens de autores de fotografia, enquanto que no retracto será de retratos de alguns autores e na curta de obras de determinados autores.
Todos estes objectos deverão indicar o respectivo autor, título, data e fonte.
A exploração de ideias consiste no primeiro raid, nas ideias com o plano do retrato e na ideias mais o storyboard individual.
A selecção e exploração de uma ideia já é o segundo raid, as três propostas encenadas e na storyboard do grupo.
A realização é o raid três, os três retratos finais e o filme feito pelo grupo.
A apresentação final é uma junção dos pontos colocados na realização mas apresentados em powerpoint e o filme com o grupo todo.
A avaliação é feita através do diário de projecto, do portefólio, do blogue, das aulas e da apresentação final.


3. lançamento do desafio
Após a leitura do texto do kafka foi-nos lançado o seguinte desafio:
'Tu, ao contrário de Gregor, vais abrir todas as portas...o que encontras por detrás de cada uma delas?'


4. concepção do conceito
A partir do desafio dado fiz o seguinte texto:

Adormeci e entrei em mim. A preto e branco me procurei no espelho sujo. O batimento frágil e intenso de meu coração ribombou em cada veia da cabeça, dos dedos. Arrepiei-me nua neste espaço vazio. Olhando-me não me vi. Não tinha cara, apenas pele exposta. Esse espelho de enganos estava coberto de mim, de sinais e de uma leve penugem, de pele macia e de brancura, de manchas e de cicatrizes. Chorei. Arrependi-me da entrega ao estado puro e cru.
Cai no negro, o ar acariciava-me as entranhas, os olhos e a boca, deixei-me levar. A minha cabeça ficou livre e leve. De novo enfrentei o espelho sujo. Uma veia palpitava-me do peito ao pescoço e daqui à têmpora. Mas parou, um aperto no coração perante o rosto sem eu. Gritei, gemi e lamentei.
Acordei e procurei o espelho que nunca tinha existido. Olhei-me na água fria e vi a lágrima e a palavra. Reflectida naquela agitação isenta de vida me encontrei. Ali era eu, eram os meus olhos escuros, a minha boca ferida, a minha língua seca.
Eu era o complexo humano, eu sou o desassossego.


5. mostragem de fotografias e curtas 
Num powerpoint foram-nos mostrados diferentes tipos de retrato, desde da retratação duma idealização, duma pessoa, duma situação, duma ideia a um estado de espírito. Isso permitiu-nos não só compararmos estes tipos como reparar na evolução da fotografia ao longo do tempo e da mentalidade.

Alguns exemplos:

Richard Avedon, 'Carmen', Paris.


Cindy Sherman, 'Sem título 299', 1994.


Alguns filmes dos primórdios do cinema também foram mostrados:

La Sortie de l'Usine Lumière à Lyon

The Kid


6. formação dos grupos e discussão entre estes
Após a formação dos grupos começámos a discutir as ideias para o filme.
Apesar de ter sido um período de tempo muito curto começámos por falar nos nossos conceitos:

Francisco Trêpa: o absurdo, o bizarro
Joana Almeida: a solidão
Margarida Carvalho: o desassossego, a cegueira
Mariana Cirurgião: a geração, o tempo

15.2.11

módulo IV - audiovisuais: fotografia - aula 1 - dia 15 de Fevereiro de 2011

SUMÁRIO:
1. explicação do módulo
2. história da fotografia e do cinema
3. powerpoint

1. explicação do módulo
Primeiro, fomos sensibilizados em relação aos simbolismos, tão importantes, nos audiovisuais. As cores, as sombras, os objectos e até a colocação do modelo influenciam tudo, assim a psicologia acaba por se ligar directamente a esta área pois determinadas imagens e sons estimulam a nossa perceptividade e o nosso cérebro e acabamos por associar determinadas coisas a emoções, situações, etc.
Foi-nos explicado o projecto que vamos ter que desenvolver. Teremos três aulas em fotografia e depois em cinema e video, sendo estas alternadas.
Em fotografia vamos ter um dia para fazer uma sessão fotográfica da qual escolheremos três fotografias finais.
Em cinema iremos ter também apenas um dia para fazer uma filmagem para uma curta até 5 minutos.
Obter um trabalho espectacular em tão pouco tempo é difícil mas é necessário uma boa 'defesa' do processo criativo e do trabalho final. O resultado final deve ter coerência sensorial e racional.
Sofia Coppola durante as filmagens de Somewhere.

2. história da fotografia e do cinema
Fotografia significa a 'escrita da luz', isto deve-se à ligação de 'foto' com o 'fotão', ora o acto de fotografar consiste na captação dos reflexos da luz.
Cinegrafia significa a 'escrita do movimento' pois trata-se do agrupamento de várias fotografias a uma velocidade que faz parecer que a imagem se encontra em movimento.
A fotografia foi criada por Mieps entre 1824 e 1826, em evolução o cinema surgiu em 1895 com os irmãos Lumière. Ora o cinema surgiu como a passagem de 24 fotografias por segundo, o que dá a ilusão de movimento. Actualmente utilizamos 50 fotografias por segundo.
Técnicas como slow motion baseiam-se numa passagem das fotografias mais lenta (48 per second).

Charlie Chaplin in Tablet Ballet.


3. powerpoint
Começámos por falar primeiro sobre a parte mais teórica da fotografia.
O PRINCÍPIO DA CÂMARA ESCURA consiste numa caixa totalmente selada com um buraquinho do tamanho de um alfinete(pinhole).
O olho humano reflecte a imagem invertida por ser um globo, logo convexo, o cérebro é que processa a imagem de modo a vê-la correctamente. Ora na caixa a luz que entra pelo o buraco projecta uma imagem, essa imagem passa para o papel fotográfico, onde fica registado.
Este papel consiste na colocação de grãos com sais de prata sobre papel e uma gelatina por cima. Os grãos são sensíveis à luz e por isso os que não recebem luz ficam pretos e os que recebem ficam brancos. Então, com químicos próprios e na câmara escura limpam-se os grãos sensibilizados.

Há dois tipos de MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS: as analógicas (rolo) e as digitais (cartão SD).
O SUPORTE FOTOSENSÍVEL das analógicas, o rolo, é substuído pelos pixels. Em vez dos reflexos da luz incidirem sobre o rolo, incidem sobre uma placa fotovoltaica.

A LINGUAGEM BINÁRIA consiste na aplicação do 0 e do 1 para desenvolver códigos informáticos. Este é utilizado nas máquinas para criar as cores. A combinação(mínima de 8 dígitos) indica uma determinada tonalidade.

Os pixels estam directamente relacionados com a RESOLUÇÃO, quanto maior o nível de pixels, maior é a resolução.

Há quatro tipos principais de OBJECTIVAS:
  • Grande Angular 
          - 0.1 - 50 mm
          - distorce a imagem
          - útil para fotografias locais
  • Normal
          - 50 mm
  • Teleojectiva
          - 50 - 300 mm
          - retratos
          - foca e distorce atrás
  • Olho de Peixe
          - 10 mm

A OBTURAÇÃO é o equilíbrio do tempo de exposição com a quantidade de tempo que o obturador leva para abrir e fechar, deixando assim passar a luz que irá sensibilizar a película fotográfica ou o sensor digital CCD/CMOS e formar a imagem.
Para se obter uma boa exposição quanto menor o tempo de exposição, menos luz é absorvida no interior da máquina e maior é a abertura do diafragma.

Os FILTROS podem obter-se também no Photoshop, no entanto a imagem perde sempre resolução. Os filtros consistem numa espécie de tampa colorida que filtra a luz de modo a dar determinada tonalidade à fotografia.

A fotografia divide-se em VÁRIAS ÁREAS, vimos exemplos das mais importantes de modo a compreender melhor o significado da fotografia.
  • fotojornalismo
  • documentarismo
  • género urbano
  • retracto
  • surrealismo
  • série fotográfica
  • fotografia contemporânea
Este último ponto é bastante interessante pois alguns artistas questionam a sociedade actual e a própria fotografia, como é o caso de Vic Muniz.

 Vulcan