PESQUISA
este aspecto deformado e montado chamou-me a atenção. estas rachas e colagens tocam o meu conceito de ‘é preciso partires-te primeiro para te reconstruires’.
joão bonifácio serra
a sua forma concâva e a sua brancura transmite uma sensação de calma, de tranquilidade que no meu conceito tento atingir.
ETSY
esta peça tem formas muito suaves e delicadas que se agrupam dando um aspecto de flor. no entanto não é propriamente o seu aspecto exterior que me interessa mas sim o seu interior. no entanto esta falsa ideia se perfeição adequa-se perfeitamente ao meu conceito
ETSY
este floreado branco e em tubo forma uma mancha uniforme, no entanto cada um destes ‘tubos’ é diferente um do outro pois encaixam-se uns nos outros, num puzzle desigual.
ETSY
a superfície totalmente alisada e o contraste de luz/sombra cria um jogo visual que me agrada e alude a uma falsa perfeição. a uma fragilidade.
aqui as cores escuras predominam tendo no entanto um fundo claro. os relevos também me chamaram a atenção. além disso esta influência da cerâmica grega é algo que me agrada.
este caos provavelmente propositado e as cores mel são agridoce aos meus olhos. e assim relaciona-se com o meu conceito.
b) DESENHOS DOS CATÁLOGOS
escolhi estas peças ou porque simplesmente gostei ou porque achei interessante a sua forma e procurei o seu significado
c) VISITA DE ESTUDO AO MUSEU DO AZULEJO
ALICATADO: As chacotas – placas de barro seco e cozido – são cobertas com vidrados de cores uniformes e cozidas em fornos cerâmicos entre 960ºC e 1100ºC, obtendo-se azulejos de uma cor só. Sobre estes azulejos de cor lisa desenham-se formas geométricas que depois são cortadas com um picador ou um alicate. Este método era caro.
CORDA SECA: Para evitar a mistura das diferentes cores de um azulejo passa-se para a chacota o desenho que é marcado com uma mistura de óleo de linho e óxido de manganês. As diferentes cores são aplicadas entre as linhas a régua que se evaporam com as altas temperaturas de cozedura deixando só traços a negro característicos da corda-seca.
ARESTA: Com um molde permitia-se fazer arestas que apenas na segunda cozedura é que separavam as cores. As arestas não permitiam que se misturassem.
ESGRAFITADO: Com cinzel retirava-se a camada de esmalte para poder preencher o desenho com cor. Com esta técnica pode-se colocar mais ou menos brilho, realçando assim o desenho.
RELEVADO: Com um molde muito escavado colocava-se depois no barro dando muito volume ao próprio azulejo.
DESCREVA O PROCESSO DA TÉCNICA DE MAJÓLICA: Pode-se chamar Faiança. Aqui o desenho tem maior liberdade na composição. Sobre a chacota colocava-se um pó branco(óxido de chumbo com óxido de estanho), assim era mais fácil desenhar. O rabo de boi era utilizado como borracha. Através do papel vegetal passava-se o desenho a picotado no chacote e passava-se então para outro azulejo. Esta técnica difere das restantes por ser utilizada para figuras humanas, foi utilizada no Renascimento quando se deu mais importância ao Homem.
APONTAMENTOS COMPLEMENTARES: A transfiguração, a monuntalidade, o definitivo e a realização de um painél para um local específico são as grandes diferenças entre os Portugueses e a restante Europa. Azulejos foram feitos por não-académicos. Aqui já não há figuras humanas devido a um período muito autéro. Assim a técnica dos padrões torna-se mais habitual. Os padrões portugueses diferem dos espanhóis de propósito. Tentavam tornar o seu trabalho sempre mais dinãmico, menos erudito. Os motivos orgânicos também eram populares.
O QUE SÃO FRONTÕES DE ALTAR?: Eram feitos em azulejo, mais barato do que tapeçaria, no entanto continuavam a possuir motivos exóticos devido à influência da cultura Indiana(bordados) para a Portuguesa(azulejos). Estes eram colocados em frente dos altares. Os Portugueses deram sempre liberdade aos artistas não copiando exactamente ou de todo as gravuras.
PORQUE É QUE OS FRONTÕES DE ALTAR PASSAM A SER FEITOS EM AZULEJO?: Devido à pobreza que se vivia, os frontões de altar, anteriormente feitos em tapeçarias, passaram a ser feitos em azulejos que era mais barato, não era necessário lavar, não perdiam cor e não apodreciam.
APONTAMENTOS COMPLEMENTARES: Quando o Clero recuperou o poder resolveram pedir a artistas académicos para fazer os azulejos nas suas igrejas, os Holandeses eram os mais populares. A talha dourada também passou a ser muito utilizada. Os temas estavam sempre relacionados com a própria história da Igreja. Dum lado o tema profano relacionado com a aristocracia, no outro num religioso com os Franciscanos. Há ainda outro tema religioso relacionado com a Virgem Maria e com a sarsa ardente.
A utilização do cobre para diluir o verde dá um efeito diferente, interessante e dinâmico.
O QUE É A FIGURA AVULSA? EM QUE ZONAS DA CASA ERA APLICADA?: A figura avulsa eram lajes trabalhadas em pequeno tamanho. De função didáctica eram colocadas em corredores, salas secundárias e cozinhas.
Desenho de uma figura avulsa que tem a ver o meu quotidiano. Neste caso a cadeira do meu quarto com um cobertor.
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE A FIGURA AVULSA HOLANDESA E PORTUGUESA?: Os Portugueses usavam a técnica pictórica; os Holandeses usavam técnicas gráficas. A partir do cobalto os Portugueses faziam variações de cor e de quantidades de água dando assim diferentes tonalidades de azul. Os Holandeses apenas utilizavam óxido de cobalto de água. O enquadramento dos azulejos portugueses é muito notável, utilizavam uma técnica a óleo e ainda uma pintura muito carregada, há uma teatrialização. Os Portugueses também ocultavam os edifícios inacabados ao contrário dos outros que desenhavam essas partes.
APONTAMENTOS COMPLEMENTARES: FIGURAS DE CONVITE, a partir da segunda metade do século XVIII começaram a ser utilizadas. Eram enormes azulejos que introduzem as entradas e indicam o caminho. No final aparecia um homem com chapéu indicando o fim da visita.
DAS OBRAS EXPOSTAS NO MUSEU, ESCOLHE UMA: FAZ A LEGENDA E O DESENHO DA MESMA NO VERSO DA FOLHA.
ARTISTA: Júlio Pomar
DATA DE NASCIMENTO DO AUTOR: 1926
TÍTULO: Fernando Pessoa
LOCAL ONDE SE ENCONTRA INSERIDA: Secção do revestimento da Estação do Alto dos Moinhos/Metropolitano de Lisboa
TÉCNICA: Faiança a azul sobre branco
DATA DA PEÇA: 1988
Produção Dalton Cerâmicas
Fábrica Cerâmica Viúva Lamego
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