13.5.11

módulo V - design de produto - projecto - aula 3 - 13 de Maio de 2011

SUMÁRIO:
1. actualização sobre o portefólio e entrega de trabalhos
2. continuação da planificação dos sólidos
3. realização dos referenciais e da pesquisa


1. actualização sobre o portefólio e entrega de trabalhos
Sendo esta a última aula de design de produto na próxima aula de projecto será a entrega de portefólios (analógico e digital) juntamento com os sólidos, estes deverão ser entregues dentro de um saquinho de plástico com a respectiva identificação. 
Visto que as avaliações da tecnologia já foram feitas a próxima aula será de Téxteis e deveremos levar uma tesoura, fita-cola, cola celulósica e o diário de projecto.
Foi reforçado o facto de ser obrigatória a inserção do conteúdo do portefólio analógico no digital e a importância do relatório de execução.


2. continuação da planificação dos sólidos
A maior parte dos alunos continuou a construção do cubo em cartolina e com o auxílio das planificações experimentais.
A Professora Ana Gonçalves alertou que os alunos mais adiantados no trabalho poderiam fazer a exploração gráfica do cubo.


3. realização dos referenciais e da pesquisa
Os alunos  já mais adiantados começaram ou continuaram a fazer ou a pesquisa ou os referenciais a utilizar na exploração do conceito.
Eu comecei a fazer os referenciais:



O graffiti, as paredes degradadas são uma parte esquecida da cidade.
a intervenção plástica de alguém numa de modo irónico e só é uma forma de pintar sobre o velhoe dorido uma camada de alegria e expressividade como faço no meu conceito.




é na escuridão que cai sobre mim um feixe de luz.
mesmo que a minha cabeça esteja numa confusão essa luz aquece-me por instantes.




procuro defender-me de mim e do mundo.
a dor tornou-se um escudo para mais dor.
assim, recolho-me em mim mesma ignorando o meu eu exterior.




estou como que perdida na imensidão do oceano escuro.
tomando uma atitude surreal de me esconder por debaixo de mais e mais camadas coloco-me na ponta da prancha para o desconhecido, para o futuro.
e bebo leite. relembro o passado em roupas que nem são minhas num corpo que não identifico como meu sequer.




apesar de me esforçar para ser o mais opaca possível para os outros apenas entro num plano de ambiguidade interior. fico no limbo do ser(preto) e do não ser(cinzento) e vou perdendo a noção de espaço e corpo.




numa carta de mim para mim é como se visse apenas uma parte de mim.
o passado: a fragilidade dos pés, a base e o presente: as pernas e braços que uso para me arrastar pelas ruas até à exaustão.
e isso torna-se um reflexo. nunca saberei dos meus pulmões, do meu estômago, do meu coração, cara e alma.
no meio do meio natural (não)vejo nada senão o reflexo de uma parte de mim.




sou feita de máscaras de cor ou não-cor.
encontro-me a meio do que sou, não chegando a ser mas também não chegando a não ser.




posso ver as cicatrizes e a Saudade como uma pessoa.
como uma figura criada na minha imaginação à qual me agarre para não esquecer o que no fundo quero esquecer.




coloco sobre mim um véu. o meu maior medo.
de tão transparente me veêm. fico desprotegida, recorro a máscaras.

10.5.11

módulo V - design de produto - tecnologia - aula 3 - 10 de Maio de 2011

SUMÁRIO:
1. realização das planificações de cada sólido
2. realização do cubo


1. realização das planificações de cada sólido
Antes de começar a fazer-se o cubo inteiro fizemos em folhas quadriculadas e com medidas reduzidas para metade cada sólido colocando as abas nos sítios certos e assim fazendo um treino para o exercício seguinte:








2. realização do cubo
Após ter feito as pequenas planificações comecei a fazer os sólidos já à escala real e numa cartolina negra, escolhida especificamente para representar o meu conceito. O negro é uma não-cor, uma não-máscara, tornando-se assim uma coisa incerta, pois o ponto é que é realmente uma máscara ou não é ambíguo.





sólido 1



sólido 2




sólido 3



sólido 4


Juntando-os todos consegui a complexidade e disformidade que procurava ligar ao meu conceito com um cubo negro. uma caixa de memórias opaca e fechada.



9.5.11

módulo V - design de produto - semana 3

PESQUISA
a) Função Práctica

Perspectiva evolutiva do calçado






O advento da sandália de bico levantado no Egito no segundo milênio a.C. é, provavelmente, uma influência Hitita. Foi o precursor da poulaine, ou sapato pontiagudo, uma moda excêntrica medieval introduzida na Europa do leste pelas cruzadas.


“The Art of the Shoe” de Marie-Josephè Bossan 








Modelo excêntrico, com origem provável na Turquia com a qual a República de Veneza mantinha relações comerciais era utilizado pelas damas elegantes da República, no século XVI, causou grande sensação por toda a Europa.


Tratava-se de sapatos com uma plataforma altíssima, de madeira ou cortiça, forradas a tecido ou a couro, enriquecidos com pedrarias e adornos feitos com fio de ouro. A altura das plataformas chegou a ter 52 cm.


Devido à sua altura, as damas necessitavam de duas criadas (ou criados), onde se apoiar para poderem caminhar com relativa segurança.Os chapins eram utilizados pelas pessoas da alta sociedade, e a sua função era proteger os pés das águas sujas das ruas, assim como, para elevar a sua figura.










truncado e adaptado do artigo de Jorge Ribeiro no Jornal Labour








Novos materiais, técnicas e tecidos entram na produção, que passa a ser sectorizada entre design, modelagem, confecção, distribuição, entre outros sectores. A explosão da moda entre o público médio, a partir dos anos 80, possibilitou o aumento do número de pessoas que passaram a consumir calçados de grife, tanto os mais simples quanto aqueles assinados por grandes estilistas, tratando-se de verdadeiros artigos de luxo.










excerto de artigo anónimo no site “nuffic neso brazil”








Durante o dia os calçados mais utilizados eram as botas, já à noite os modelos eram mais diversificados. Estes recebiam adornos frenquentes como aplicações, bordados com fios metálicos, pedras e outros.


As botas destinadas ao uso noturno, bem como as das crianças, eram confeccionadas de materiais macios como cetim, além de fitas, tiras e carreiras de botões que embelezavam as canelas.










truncado e adaptado do artigo de Fábio Espíndula




 

Neste momento aumenta bastante a variedade de materiais utilizados na confecção dos calçados, inclusive couros misturados com telas coloridas ou gabardine para formas e aspecto de tons harmonizados, alguns couros foram invertidos para formar camurças e suedes, os enfeites ficavam a cargo de fivelas removíveis em aço, filigree prateados, diamante e marcasite.










truncado e adaptado do artigo de Fábio Espíndula








Popularizado por Audrey Hepburn (1929-1993), começou a surgir a meio do século XX como forma das jovens raparigas usarem saltos pequenos sem que parecem indecentes.








O solado plataforma pode ser interiço e totalmente plano ou interiço e levemente arqueado no meio. Pode, ainda, ser formado por um salto e um soldo espesso que acompanha todo o arco do pé e termina na frente do calçado. Já outra versão, conhecida por meia-pata, é composta por um grande salto, sola com espessura normal na altura do arco do pé e parte frontal mais alta.


Nos anos 70. O solado plataforma já foi fabricado em cortiça aparente ou em madeira e já foi revestido por fios naturais, veludo, seda, plástico e couro.










truncado e adaptado de artigo anónimo retirado do Yahoo!








O stiletto surgiu no mundo da moda lá pelos anos de 1950. O conceito é simples: uma estrutura longa e delgada de plástico com um espigão de metal no seu interior, tal como um pilar ou coluna para suportar o peso da mulher. Nos anos de 1960, a popularidade do salto stiletto diminuiu por conta das botas de meio salto. Contudo, o modelo voltaria a surgir no final dos anos 70 e tem apreciadores até hoje.










truncado e adaptado do artigo do site Salto 15








Os calçado desportivo foi então introduzido no mercado com uma proposta inovadora: solado de borracha (até então os solados eram em couro), criando assim uma nova abordagem para o calçado, tornando-o atlético, maleável e confortável.










truncado e adaptado do artigo do blogue Mundo das Marcas






Com o evoluir das tecnologias o luxo tornou-se até aos nossos dias cada vez mais acessível e desejável. Porém ainda há mesmo calçado com tamanha complexidade e extravagância que o seu uso no quotidiano seria praticamente impossível tornando assim determinados sapatos somente obras de arte.