Esta aula trabalhámos em fotomontagem.
Através de imagens recortadas ou impressas fizemos colagens(e recorte) utilizando ainda tintas e trabalhando a nível da poesia visual.
Foi reforçada mais uma vez a necessidade de termos o blogue e os diários de projecto em dia com os seguintes pontos:
- PESQUISA : capa(cd, livros, revistas); poesia visual; paginação.
- REFERENCIAS: textos, imagens, etc.
- EXPLORAÇÃO DE IDEIAS: através de desenhos, fotografias, pinturas, fotomontagens, etc.
Também houve um apelo para que houvesse uma diversificação de técnicas como, por exemplo:
- cartão;
- plástico;
- papel vegetal;
- tecido;
- cartolina.
EXPLORAÇÃO DE IDEIAS
b) fotomontagem
continuação da exploração do sub-conceito 'bonjour tristesse':
o fundo são ondulações negras a tinta da china como que um turpor emocional. numa imagem o graffiti de um homem com um chapéu-de-chuva vermelho e um gato preto com uma colagem de negro e luzes azuis. mais abaixo um poeta extravagante faz as suas confissões na neve com uma colagem de vitrais como moldura. esta fotomontagem representa a solidão, o isolamento do resto do mundo num pensamento mudo.
a junção de uma manta negra de veludo, uma rapariga como que num túnel de floresta, dois pulsos cruzados com tatuagens de olhos e a sombra indefinida de um rapaz com vitrais por detrás estam colocadas num pintalgado de negro com brancos entre si. as formas estam também recortadas. é como que um simbolismo para a indefinição da própria tristeza e amargura.
numa disposição decrescente e com um fundo negro procurei semelhanças com a fita de um filme. é como um retrato feito de várias imagens 'inter-coladas', cada uma com uma característica: a ambiguidade, a confusão, a liberdade e a revolta.
esta fusão de ocres e dourados acaba por ser um contraste às restantes.
este cromatismo mais 'quente' é como que o amor implícito na própria amargura.
entre a figura de uma mulher entre lâminas, a uma bailarina invertida e delicada e um homem como que a libertar-se de si mesmo interagem entre si não só pelas cores suaves e quentes como a extorsão de si mesmos para o exterior, tentam libertar-se, exprimir-se. tanto através de um olhar intenso, como num gesto frágil ou como num grito de liberdade.
aqui a fé está empoeirada, esquecida. como a história mais antiga e a nossa recordação mais querida. a desconstrução da legenda com papéis rasgados é como um acrescento, um remendo ao destroço esquecido.
c) poesia visual
início do sub-conceito 'bonjour tristesse',
através da poesia visual associei a tristeza e melancolia de que falo no meu conceito à frase do polémico edifício do bonjour tristesse que sendo um edifício de um bairro social ficou completamente cinzento ao contrário da habitual e bizarra explosão de cores nestes bairros. como forma de protesto ou de acordo foi graffitado esta frase.
o seu simbolismo fica-se pela frase 'não vadies por essas ruas da amargura', é como que uma vozinha interior que circula incessantemente. parti não só do meu conceito inicial mas também pela expressão carregada e sombria desta música, Sofia Gubaidulina. a frase deambula pela folha fazendo percursos confusos que adornam a fotografia recortada.