10.1.11

módulo III - design de comunicação - semana 2

Revi as minhas fotografias a acrescentei mais algumas para seleccionar uma na próxima aula de tecnologias. No entanto nenhuma é da minha autoria.

Fiz a pesquisa para Design de Comunicação sobre as capas e paginação de algumas publicações que me agradaram mais.

Também estão aqui os referenciais, sendo fonte de inspiração muitos foram utilizados para a ponderação das imagens para a capa.

EXPLORAÇÃO DE IDEIAS

a) ilustração da capa
 
(queda do muro de Berlim em hardtoexplain) 
o muro é um símbolo muito forte. a multidão é uma forma muito forte. o desejo pela liberdade é ainda mais superior a tudo isso.


 (fotografia em ...look closer)

a tempestade é algo que tem de tão belo como assustador. é o tempo no seu estado mais andrógeno. 
é também uma imagem ligada ao sonho.



 (fotografia de Sandy Kim)
os vitrais têm uma magia muito peculiar e frágil. o contraste e o jogo de cores deste com uma pessoa são como que um contraste entre o real e o sonho.





PESQUISA

a) SOBRE CAPAS

 esta capa, irreverente, parece-me não só muito actual como apelativa, em especial para os jovens, tratando-se da ideia pois é uma publicação dinamizada pelo jornal Público há já muitos anos que pretende motivar as pessoas ao comércio tradicional através de pequenas publicações sobre as principais zonas da cidade de Lisboa.
 
tendo-se alargado para a linha do Estoril e Cascais. as publicações Convida têm um design gráfico muito jovial, tendo nesta fase adoptado uma imagem referente ao vintage. A cultura do vintage é algo que me agrada muito, assim, achei esta capa original e bem concebida.
 
  o fundo numa cor extremamente chamativa com a colocação das iniciais do Bairro Alto e do Princípe Real com fotografias a preto e branco, algo pelo qual tenho uma enorme paixão, pareceu-me inspirador.
 
mais uma vez, recorrendo à fotografia, mais precisamente ao rolo fotográfico, não só a criatividade mas o romantismo evocado pela imagem e pelo fundo preto foram boas ilustrações para as zonas de Castilho, Restauradores e Marquês.
 as capas do suplemento cultural do Expresso, a Actual passaram, à cerca de um ano por uma reviravolta em termos gráficos. As capas, simples, mas com poderosos retratos tornaram-se simplesmente lindíssimas. Pelo menos para mim.
 

Embora mais caótico do que a Actual, o Ipsílon, do Público também tem capas muito apelativas.
Esta é uma das minhas favoritas, referente ao filme ‘Shirin’ iraniana de Abbas Kiarostami. As cores fortes e as imagens extremamente bem conseguidas são algo que me atraem bastante mais que as capas da Actual.
 

  o livro Ó é um livro que estou a ler completamente apaixonante. É do artista plástico Brasileiro, Nuno Ramos que já teve várias obras polémicas mas com uma carga poético poderosíssima e este livro ganhou o prémio PT inclusive. A capa deste livro é tão simples, tão bonita, tão encaixada no conteúdo que é um daqueles livros com o qual quase temos orgulho de andar com eles debaixo do braço.
 
a Vogue Paris é uma das revistas de moda mais influentes do mundo. Não só pelo seu conteúdo mas como pelas fortes imagens que carrega, afinal a moda é feita disso mesmo. Achei que esta capa misturava o romantismo do Natal com o espírito da revista em si, o que adorei. É uma das minhas capas favoritas da Vogue.



b) SOBRE PAGINAÇÃO


a paginação da revista Parq Magazine é a melhor que já vi. Criativa e esquemática joga imagens recortadas a partir da imaginação com texto aparentemente aleatório.



  a paginação das edições Convida são mais rectas e organizadas. No entanto utilizam grafismos com contrastes muito bem conseguidos. No editorial utilizam imagens em tipo de fita fotográfica com uma barra de cores utilizadas em pixéis dando um maior dinamismo.


aqui, com uma barra identificadora dá-se maior destaque a esse separador. As imagens estão alinhadas com o texto num grafismo muito recto e organizado, dando assim uma maior esquematização de informação.



Num outro separador os grafismos são completamente diferentes lembrando o horário de programação de um festival. Aqui os contrastes são maiores e há um jogo entre horário, imagem e texto.





REFERENCIAIS A UTILIZAR NA EXPLORAÇÃO DO CONCEITO



 (fotografia de Agathe Philbe em in a fraction of a second.)
 
toda a pessoa urbana está degradada por dentro.
está suja de fumo, cheira a esgoto e tem ratos no discernimento.
sente-se no meio do vazio, sente-se sem rumo.
é assim que esta imagem inspira o meu conceito.
a imagem da degradação constrói-se com tijolos e ergue-se com betão. 

(berkley illustration em in a fraction of a second.)

surrealismo sempre foi a corrente artística que mais me fascionou.
não só pelo mundo fantasioso mas pelo modo como trasnmite tanto pelas formas, pelos simbolismos, pelas cores ou como neste exemplo, pela sua ausência.
é um adeus ao que atiçámos fogo e mandámos para o desconhecido entre o mar e o céu, um adeus que se converte muitas vezes, num olá, não conseguimos esconder um segredo para sempre, eles nunca morrem connosco.


 (queda do muro de Berlim em hardtoexplain)
 
a queda do muro de Berlim foi um símbolo de revolução, é um símbolo de liberdade.
a multidão é símbolo de força, ou de vazio.
para muitos é um pesadelo encontrar-se no meio de uma multidão ou muito rápida ou muito lenta.
o muro é um símbolo de fim e de prisão. no entanto muitas vezes somos nós que o erguemos através da dúvida e da exasperação. 

 (ciorania em oh dear it's liana)

a figura feminina pálida vestida de negro é como a tristeza.
a floresta ostenta uma solidão muito recôndida e tranquila.
é um descanso para todos os desgostos e amarguras. 

 (fotografia em style sparkles)

o fogo é um elemento extremamente poderoso, devastador.
um muro de fogo é (não-literalmente) algo que nós nos impusemos como um desafio ou como uma perda, um fim.
tudo depende da força de vontade de esmurrar um murro ou beijar o fogo.


 (fotografia de Lanpher Gallery)
 
tenho um vidro embaciado à frente do meu rosto e as pessoas passam deixando o seu nome, o seu pensamento ou o seu amor, e eu absorvo tudo com o coração; aí preferia que houvesse um muro e não um vidro, no entanto, o isolamento é assolador e assustador, é desumano. não é algo que desgoste mas não o suporto por muito tempo, preciso de vozes e imagens a inscreverem-se em mim. mesmo que seja só por uns segundos.

 (fotografia em  in a fraction of a second.)
 
o nevoeiro é das coisas mais intrigantes que existe.
é a dúvida, é um obstáculo no avançar, é a suspensão de tudo por momentos tornando-nos invisíveis, vulneráveis, cegos. 

 (fotografia em ...look closer)

as nuvens são o que nós quisermos.
eu não acredito no destino mas acredito no acaso, assim como na ironia e no sarcasmo.
o destino é o que quisermos, ou pelo menos quase. nós temos boca para ripostar, mãos para fazer, cabeça para decidir e coração para ver, logo escolhemos os nossos caminhos.
é o karma, fazemos algo mau, algo mau nos acontece, fazemos algo bom e logo se verá.
as nuvens são uma indicação de um rumo, porém uma tempestade é o caos total e é aí que eu me encontro. 


(fotografia de Sandy Kim)
 
o ser humano é complexo, é muito paradoxal.
afinal somos muito transparentes.
no entanto não nos podemos colocar entre o ‘somos ou não somos’ pois somos instáveis, apesar de racionais somos emocionais, por isso temos sempre duas faces, senão mais.
aqui a sombra da figura humana em contraste com a luminosidade do vidro, da transparência torna-nos opacos, impensáveis, incompreendidos.

 (fotografia em inspires me happy)
 
nesta imagem há um caos visual fabuloso, no entanto é apenas uma primeira impressão pois está tudo organizado e posicionado ao pormenor num jogo de ilusões. é como nós, enganamo-nos a nós mesmos para nos sentirmos melhores mas quando nos apercebemos realmente disso damos um passo em frente, passamos assim, capítulo a capítulo a preenchermo-nos.

(sara sani em in a fraction of a second.)
 
penso que a visão é o sentido de que mais gosto e que mais apurado tenho.
não tenho um particular dom para cheiros, tenho má circulação, tenho os apetites mais bizarros.
mas oiço o que vejo. pronto, afinal são dois.
aqui, os pulsos com dois olhos representam para mim a necessidade de alargar este sentido para não perder nada do que já nos escapa, não querer ficar limitado ao que temos e não querer, não ter vontade de avançar menos.
é o ultrapassar a realidade caindo no vazio que pode ser bem mais profundo e cheio do que aparenta em todo o seu eco.

 (fotografia em oh dear, it's liana!)
 
adoro a neve, nasci no seu cantinho, é algo que me agrada imenso.
é uma magia que desliza com muita calma, com muita espera e que se solidifica numa massa dura e linda.
é a minha alternativa ao calor abrasador da rotina.
gosto mais do frio do que do calor embora sinta um fascínio pelo mar e pela praia.
a massa uniforme da neve caída é uma aura efémera à espera de ser quebrada e desmanchada.


 (fotografia em everyone loves fashion)

o vento é uma das sensações mais fabulosas que já senti.
este braço descaído como que ali esquecido possui uma longa tatuagem que toda ela remete ao vento.
o vento trás muita coisa, mas também tira. e demasiado bruscamente, ficamos sem mãos num segundo, sem força vital noutro. 
 

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