11.12.10

respondo o que me perguntam. e depois dá nisto.


O trabalho foi-se desenvolvendo sempre desenvolvendo com palavras como desconhecido, abismo, perder, arriscar.
Fui arrancado aos poucos as cascas grossas que cobriam o cerne do meu conceito, descasquei-o até ao desconhecido.
Através do trabalho com a plasticina pude dar uma forma tridimensional ao que antes não passavam de desenhos abstractos orgânicos.
Inicialmente estava muito agarrada ao desenho em si, mas com o número de trabalhos já feitos comecei a fazê-los a partir do nada.
Assim, após algumas aulas consegui chegar ao que seria o meu trabalho final: uma forma composta por lastras encaixas e enroladas entre si, no meio, como núcleo e início encontra-se uma listra dobrada em caracol e todas as outra formam-se em sua volta como se pôde ver na peça final.
Procurei assim transmitir esta ideia de confusão e fragmento não só através da peça em si como no filme que tivemos que fazer e penso que o consegui fazer.

angústia repressiva


apresentação do meu conceito do módulo I - Ourivesaria

10.12.10

isto é só partir terra cota


  este aspecto deformado e montado chamou-me a atenção. estas rachas e colagens tocam o meu conceito de ‘é preciso partires-te primeiro para te reconstruires’.


 
  a sua forma concâva e a sua brancura transmite uma sensação de calma, de tranquilidade que no meu conceito tento atingir



  esta peça tem formas muito suaves e delicadas que se agrupam dando um aspecto de flor. no entanto não é propriamente o seu aspecto exterior que me interessa mas sim o seu interior. no entanto esta falsa ideia se perfeição adequa-se perfeitamente ao meu conceito



  este floreado branco e em tubo forma uma mancha uniforme, no entanto cada um destes ‘tubos’ é diferente um do outro pois encaixam-se uns nos outros, num puzzle desigual



  a superfície totalmente alisada e o contraste de luz/sombra  cria um jogo  visual que me agrada e alude a uma falsa perfeição. a uma fragilidade.




este caos provavelmente propositado e as cores mel são agridoce aos meus olhos. e assim relaciona-se com o meu conceito





aqui as cores escuras predominam tendo no entanto um fundo claro. os relevos também me chamaram a atenção. além disso esta influência da cerâmica grega é algo que me agrada.

5.12.10

inspiração, pelo nariz


imagens fonte de inspiração

  este agrupamento de cores relaciona-se com a minha visão cromática do ‘abstracto’ e usei-a para a paleta de cores da minha maquete

 
o cartaz do doclisboa 2009, era uma mistura seca do quotidiano banal com o plano cinematográfico. este rasgo mostrando um ambiente ainda mais urbano demonstra o quão urbano é o meu conceito. porque o desconhecido pode ser a nossa própria cidade. até que ponto conhecemos Lisboa?

 
esta curvatura, perfeição do traço e a textura rica tornam esta fotografia a falsa espectativa do ideal. é errática. aparenta. não é.




este enredo de ferro
milimetricamente
moldado e colocado no
seu impacto visual
contrastante mostra o
jogo de oposições urbanas e mentais do meu conceito



a simetria assimétrica.
a regularidade irregular.
o banal oculto.
bem-vindos à rotina.




este jogo de sombra-luz é um dos meus preferidos, nem é preciso o preto e branco quando a luz branca e a luz escura dançam.
o desconhecido e o conhecido abraçam-se nas pequenas coisas


a água é algo refrescante, a sua imensidão e barulho acalma-me no momento mais confuso.


o mundo vegetal tem formas surpreendentemente belas, mesmo quando já não passam de naturezas mortas. ressequidas
pode ter o aspecto perfeito de um metal frio, mas no entanto é uma madeira quente e curvilínea. é uma ilusão.



autores: akii jazz, alvaro dias, ana luar, helena, manuel madeira, marcelo j costa, m rosario antonio, nuno bernardo.