SUMÁRIO:
1. actualização sobre o portefólio e entrega de trabalhos
2. continuação da planificação dos sólidos
3. realização dos referenciais e da pesquisa
1. actualização sobre o portefólio e entrega de trabalhos
Sendo esta a última aula de design de produto na próxima aula de projecto será a entrega de portefólios (analógico e digital) juntamento com os sólidos, estes deverão ser entregues dentro de um saquinho de plástico com a respectiva identificação.
Visto que as avaliações da tecnologia já foram feitas a próxima aula será de Téxteis e deveremos levar uma tesoura, fita-cola, cola celulósica e o diário de projecto.
Foi reforçado o facto de ser obrigatória a inserção do conteúdo do portefólio analógico no digital e a importância do relatório de execução.
2. continuação da planificação dos sólidos
A maior parte dos alunos continuou a construção do cubo em cartolina e com o auxílio das planificações experimentais.
A Professora Ana Gonçalves alertou que os alunos mais adiantados no trabalho poderiam fazer a exploração gráfica do cubo.
3. realização dos referenciais e da pesquisa
Os alunos já mais adiantados começaram ou continuaram a fazer ou a pesquisa ou os referenciais a utilizar na exploração do conceito.
Eu comecei a fazer os referenciais:
O graffiti, as paredes degradadas são uma parte esquecida da cidade.
a intervenção plástica de alguém numa de modo irónico e só é uma forma de pintar sobre o velhoe dorido uma camada de alegria e expressividade como faço no meu conceito.
é na escuridão que cai sobre mim um feixe de luz.
mesmo que a minha cabeça esteja numa confusão essa luz aquece-me por instantes.
procuro defender-me de mim e do mundo.
a dor tornou-se um escudo para mais dor.
assim, recolho-me em mim mesma ignorando o meu eu exterior.
estou como que perdida na imensidão do oceano escuro.
tomando uma atitude surreal de me esconder por debaixo de mais e mais camadas coloco-me na ponta da prancha para o desconhecido, para o futuro.
e bebo leite. relembro o passado em roupas que nem são minhas num corpo que não identifico como meu sequer.
apesar de me esforçar para ser o mais opaca possível para os outros apenas entro num plano de ambiguidade interior. fico no limbo do ser(preto) e do não ser(cinzento) e vou perdendo a noção de espaço e corpo.
numa carta de mim para mim é como se visse apenas uma parte de mim.
o passado: a fragilidade dos pés, a base e o presente: as pernas e braços que uso para me arrastar pelas ruas até à exaustão.
e isso torna-se um reflexo. nunca saberei dos meus pulmões, do meu estômago, do meu coração, cara e alma.
no meio do meio natural (não)vejo nada senão o reflexo de uma parte de mim.
sou feita de máscaras de cor ou não-cor.
encontro-me a meio do que sou, não chegando a ser mas também não chegando a não ser.
posso ver as cicatrizes e a Saudade como uma pessoa.
como uma figura criada na minha imaginação à qual me agarre para não esquecer o que no fundo quero esquecer.
coloco sobre mim um véu. o meu maior medo.
de tão transparente me veêm. fico desprotegida, recorro a máscaras.
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