30.1.11

módulo III - design de comunicação - semana 5

Em casa continuei a explorar a poesia visual. Ao mesmo tempo fui explorando o conceito.

Evoluí em termos gráficos pois suavizei o impacto da poesia visual resumindo-me a apenas algumas palavras. No entanto resolvi jogar com o próprio grafismo dos textos (de revista neste caso) utilizando-o como suporte.

No exemplo seguinte foi completamente diferente, tanto a nível de técnicas, como de materiais e paleta de cores. Dei cortes 'agressivos' no papel vegetal, dobrei-o, amachoquei-o, rasguei-o ao meio, pintei-o e calquei-o criando uma falsa simetria, cosi-o em vez de colá-lo e ainda o furei com a ponta de um lápis.

Comecei tanto por fazer experiências com a capa e com a paginação.

Fiz o plano da acção para a apresentação final e a respectiva apresentação final.

EXPLORAÇÃO DE IDEIAS
a) capa


tendo já decidido qual seria a imagem que iria usar para a capa comecei já a fazer experiências.

o título 'pele nua' .
O meu conceito resume-se à amargura. A amargura acaba por criar as mais variadas sensações e uma delas é o sentir-se vazio e exposto, exposto a um mundo, a pessoas que não quero que me vejam. E assim cheguei ao conceito de pele nua; é um estado puro, a essência que nos torna humanos, a textura mais doce que há.
 
  Assim, não há necessidade de colocarmos mais camadas para nos afundarmos. 'limitarmo-nos ao vazio' é o estado mais consciente que podemos atingir. sem receios.
 c) poesia visual


 (colagem, recorte, guache, tinta da china, texto de revista sobre papel)
 
escreves remorsos e paixões, dissabores e conclusões.
ergues um muro de contradições até à tua loucura mais íntima.
desapareces nas palavras, escondendo-te de mim.
apaga com a tua borracha suja essa tinta vermelha já descascada que nos envolveu.




(recorte, cosimento, guache e fio sobre papel vegetal)


‘mundos caídos, mundos paralelos’
crio pontes, esfolo os joelhos.
rio de alegria esvaiando numa tristeza azul.
oh consciência, porque te cozeste a mim?


e) paginação


resolvi utilizar cores o propósito de criar um oposto com o próprio conceito que tem uma carga um tanto negativa.
as formas recortadas e enroladas eram uma ideia em que já tinha pensado e que se podia facilmente associar ao próprio conceito.






APRESENTAÇÃO FINAL

a) plano da acção

1.   CONCEITO
2.   CAPA
3.   PÁGINA TIPO
4.   FOTOMONTAGEM
5.   POESIA VISUAL


1 - CONCEITO

este conceito vive da amargura. está remoído por todos os pensamentos fragmentos de um falso todo a que chamamos vida.a tristeza, a angústia provêm de todo o rancor que apodrece dentro de nós.
assim, todo o escuro que se torna uma repetição automática floresce numa nova forma. mas concreta e melancólica.



2 - CAPA

O título é pele nua.
O meu conceito resume-se a amargura. A amargura acaba por criar as mais variadas sensações e uma delas é o sentir-se vazio e exposto, exposto a um mundo, a pessoas que não quero que me vejam. E assim cheguei ao conceito de pele nua; é um estado puro, a essência que nos torna humanos, a textura mais doce que há.
Assim, não há necessidade de colocarmos mais camadas para nos afundarmos. limitarmo-nos ao vazio é o estado mais consciente que podemos atingir. sem receios.

Trabalhei a imagem, recortando-a, melhorando a imagem e indefinindo-a quase que como que a ‘encaixando’ com o fundo, desfazendo a própria silhueta.
A fotografia tem uma intensidade que me captou imediatamente e desde do início. Transmite um magnetismo, um mistério, um segredo.


 

3 – PÁGINA TIPO

texto:

(geral)
Nos três módulos os conceitos rodaram em torno do pensamento profundo e das emoções negativas(angústia, desconhecido, amargura).
Assim foram trabalhos que se desenvolveram com uma certa carga negativa, porém a cor muitas vezes criou um paradoxo entre estes dois mundos, estes dois pólos.

(módulo III)
Noto uma evolução bastante grande deste do primeiro módulo ao terceiro.
Os grafismos, as técnicas, a criatividade, a inovação, o traço, tudo alterou-se.
Assim, coloco uma fotografia e um desenho(exploração de ideias de cerâmica)como exemplo desta evolução.

O título é como que uma junção dos três conceitos e do trabalho já realizado. Tratam-se sempre de pensamentos complexos e terrivelmente humanos.

As imagens foram recortadas e ‘recoladas’, era uma ideia que já tinha há algum tempo, tendo-me inspirado na paginação da Parq Magazine.

Porém só fiz ainda esta experiência no ponto da paginação.



4 – FOTOMONTAGEM

Escolhi esta fotomontagem porque apesar de ter sido a última foi a que me pareceu mais desenvolvida em comparação com as anteriores.

Fiz uma sobreposição de pedaços de revista sobre o próprio título criando uma zona de caos em contraste com a traquilidade que a imagem base transmite com a sua cor sépia, teias e pó.




5 – POESIA VISUAL

Em comparação com o ponto anterior também penso que este último trabalho foi o mais evoluído. Foi também o que mais me satisfez. Através do recorte do papel, cosi-o com fio e coloquei tinta no meio espalmando e fazendo uma falsa simetria. não utilizei qualquer tipo de colagem.
a poesia visual encontra-se no meio a preto dizendo ‘mundos paralelos, mundos caídos’, há assim uma alusão à simetria desigual. A fragilidade dos materiais o azul índigo remetem a uma tristeza doce amargurada.




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